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Ainda existe muita confusão sobre os nomes e tipos de materiais usados nas pranchas atualmente, então, nesta introdução, iremos esclarecer as combinações de materiais de bloco e resina usados nas pranchas de surfe atuais.
Pranchas de surfe com bloco de PU (poliuretano) são laminadas usando resina de poliéster.
Pranchas de surfe com bloco de EPS (poliestireno expandido) e XPS (poliestireno extrudado) são laminadas usando resina epóxi/epoxy.
“As pranchas de Poliuretano são as mais famosas e usadas atualmente, inclusive entre os surfistas da elite do CT. Sua construção é um pouco mais pesada do que a construção em Epoxi. No entanto, ela tende a ser mais consistente e previsível debaixo dos pés devido ao seu padrão de flexão mais lento e à espuma mais densa em comparação com as construções em Epóxi. Isso acaba causando menos ‘surpresas’ e oferecendo mais previsibilidade durante o surfe, especialmente em curvas mais fortes ou manobras mais ágeis em alta velocidade. “
O termo ‘prancha de Epoxi’ refere-se ao fato de a resina utilizada ser Epoxi. O bloco de EPS (poliestireno expandido) é usado em conjunto com a resina Epoxi, e essa construção é mais leve do que a construção em PU/Poliéster.
O bloco EPS é mais rígido que o de PU; assim, ele amassa menos com a pressão do pé durante o uso. Além disso, tende a ser mais flexível, proporcionando uma sensação de vivacidade maior do que as pranchas de PU, devido ao seu padrão de flexão mais rápido e à espuma menos densa. No entanto, essa flexibilidade e vivacidade podem ser consideradas menos previsíveis e consistentes sob os pés durante o surfe.
Em condições de ondas rápidas, quando o surfista está em alta velocidade, as imperfeições na superfície da onda são mais evidentes no corpo do surfista em comparação com as pranchas de PU. Isso ocorre porque a leveza da prancha não suaviza os relevos da onda, resultando em uma sensação de ‘quicar’ nas pernas. No entanto, sua leveza proporciona muita agilidade e vivacidade em condições de ondas mais fracas e com menos força.
As densidades do bloco EPS variam de T4, T5 a T6. Quanto menor for a densidade (T4), menor será o peso e a resistência da prancha; quanto maior a densidade (T6), mais pesada e resistente será a construção final. Nossa fábrica opta por trabalhar apenas com blocos EPS de densidade T6, pois oferecem uma prancha mais durável e de maior qualidade.
A prancha de EPS é mais sensível ao calor, especialmente se deixada dentro de um carro fechado no verão ou exposta diretamente ao sol por longos períodos. Portanto, é necessário redobrar a atenção.
Os blocos EPS e XPS possuem características e desempenho semelhantes durante o surfe, porém são bastante diferentes em sua construção.
O XPS é feito misturando pequenos flocos de poliestireno com agentes químicos que derretem esses flocos; em seguida, outro agente químico é injetado na mistura para formar bilhões de minúsculas bolhas de ar. Isso cria uma estrutura de células fechadas, resultando em uma densidade maior para o bloco em comparação com o EPS, o que o torna um pouco mais pesado, mas também mais resistente.
A densidade dos blocos XPS costuma ser de T6 e T7, tornando-os bastante resistentes e menos suscetíveis a danos do que o bloco mais macio de PU e EPS de densidade mais baixa. No entanto, também são muito sensíveis ao calor, assim como o EPS.
Atualmente, utilizamos dois dos maiores fabricantes de blocos XPS no mercado, a Teccel e a Keahanna.
Bloco XPS Teccel (T6) – Este bloco possui densidade T6, sendo ideal para surfistas que preferem pranchas Epoxy mais leves. Devido à menor densidade, o bloco amassa mais sob a pressão do pé do surfista em comparação com o blocos T7 mais densos.
Bloco XPS Keahanna (T7) – Estes blocos possuem densidade T7 e são mais densos e pesados do que o Teccel XPS T6, resultando em uma prancha final com peso praticamente equivalente ao de uma construção com bloco de PU. É indicado para surfistas que preferem o peso do bloco de PU, mas desejam uma prancha mais resistente, especialmente contra amassados causados pela pressão do pé durante o surfe.
A flexão na prancha possui princípios semelhantes aos da flexão das quilhas: Flexão = projeção, que se refere à velocidade gerada ao sair de uma cavada ou ao entrar com boa velocidade durante uma rasgada no topo da onda.
Essa projeção ocorre quando a prancha se contorce ou flexiona no formato da onda, dependendo da força aplicada a ela, e depois retorna ao seu formato original. Durante esse processo, ela acumula energia e a libera, resultando na projeção para frente na onda.
Como controlamos a flexão da prancha?
Desde que os blocos de PU (poliuretano) se tornaram a norma na construção de pranchas, as longarinas de madeira têm sido utilizadas para adicionar força e rigidez.
Uma prancha com uma longarina central auxilia na geração de uma sensação agradável e de rigidez sob os pés, o que é importante, pois grande parte da força aplicada à prancha pelo pé é absorvida pela parte central. No entanto, essa posição central da longarina deixa as bordas mais macias, o que pode resultar em flexão, torção e oscilação diferentes, levando a uma leve perda de velocidade.
Pranchas sem longarina
Nos últimos anos, os shapers começaram a testar novos materiais e a utilizar blocos de EPS e XPS sem longarina. Um conceito amplamente utilizado é o uso de fitas de carbono no centro da prancha, criando um efeito parecido com a longarina de madeira dos blocos de PU. Essas fitas de carbono possuem excelente resistência e rigidez, além de serem mais leves do que uma longarina de madeira, tornando-se uma nova opção de construção para pranchas de surfe, além das tradicionais pranchas de PU
Como mencionado anteriormente, a longarina é a linha de madeira que percorre o centro da prancha, sendo responsável por adicionar força e rigidez. Todas as pranchas de PU já vêm com longarina, mas os blocos de EPS e XPS têm a opção de ter ou não ter longarina. Caso escolha um bloco sem longarina, é necessário adicionar fitas de fibra de carbono para compensar a falta de força e rigidez. Uma prancha sem longarina é mais leve (por não ter a madeira da longarina) e possui maior flexibilidade em comparação com uma com longarina, porém, para evitar que a prancha fique excessivamente flexível (o que não é bom), são adicionadas essas fitas de carbono para proporcionar rigidez em áreas estratégicas da prancha.
Levando isso em consideração, utilizamos três tipos de construção muito utilizados internacionalmente para pranchas de Epoxi sem longarina: Full Carbon, Slingshot Carbon e Stringerless Carbon.
Nos inspiramos nas construções da Dark Arts, para fabricar pranchas inteiramente em fibra de carbono e bloco XPS. Esta construção é mais resistente devido a durabilidade superior que a fibra de carbono tem em relação a fibra de vidro convencional, além disto, a fibra de carbono reage rapidamente e cria elasticidade, ao contrário do tecido tradicional de fibra de vidro. O resultado é um acúmulo de energia na saída de cavadas e volta de manobras onde a prancha costuma contorcer e acumular energia, gerando assim, velocidade.
Para construções mais leves recomendamos o bloco XPS Teccel T6, e mais resistentes o XPS Keahanna T7. A resistência contra amassado gerado pela pressão do pé ainda depende bastante da densidade do bloco escolhido.
Para construções mais leves recomendamos o bloco XPS Teccel T6, e mais resistentes o XPS Keahanna T7. A resistência contra amassado gerado pela pressão do pé ainda depende bastante da densidade do bloco escolhido.
Muito semelhante à Stringerless Carbon, porém, a fita de carbono não se estende até o final da rabeta. Isso faz com que a força de tensão da prancha se acumule onde há carbono e seja liberada na extremidade da rabeta, que possui maior flexão devido à ausência do carbono.”
Esta construção adiciona fibra de carbono onde normalmente estaria a longarina, simulando assim a sua presença. Essa opção é indicada para aqueles que desejam manter a sensação de ter uma longarina na prancha e pode ser aplicada a todos os modelos, independentemente das ondas serem pequenas ou grandes.